Hora extra ou “Do nexo de causalidade”
Vistas suas roupas de “gala” e desfile modernidade e aparência. Saiba se portar, reverencie quantas vezes for necessário. Escute mais do que fale, mas quando falar, certifique-se que a dicção está devidamente lubrificada pela maior quantidade de sorrisos que seu maxilar possa produzir. Use “Oi, bom te ver!”, “Precisa aparecer mais!” e suas variações. Não saia do protocolo.
Quando as luzes piscarem e você, por um acidente, se sentir bem com aquilo, ignore. Depois que você passa pro lado de cá, o gosto nunca mais será o mesmo. No meu caso, de repente, não mais que de repente, um tranco de escuridão quase me derruba. Sinto náuseas, falta de ar e medo de viver. Lembro de fracassos que não me pertencem (além dos meus, claro) e sofro de uma hemorragia que eu não sei como estancar. Mas não dá pra correr, entende? Você nunca pára pra você, por você. Tem gente que acha que isso é defeito, outros entendem como um dom. Eu só vejo como um dia que segue o outro. Sem brilho, sem afetação.
“Pô, man, desculpa o stress. Nunca quis desligar o telefone na sua cara”. Eu respondo: “lógico, ‘man’, eu te entendo. Se precisar de algo, é só falar.”
E aí, quando você estiver sozinho no trabalho, tipo o único fazendo hora extra, e tiver medo de sair na rua, vai entender que seu pior inimigo é um velho conhecido. Ele levanta com você, come com você e sussurra incentivo aos seus piores demônios. Outro dia eu pensei em...
- Pi, pi, pi, pi (nextel)
- Opa (eu)
- Tá no computador?
Segue o jogo.
Vistas suas roupas de “gala” e desfile modernidade e aparência. Saiba se portar, reverencie quantas vezes for necessário. Escute mais do que fale, mas quando falar, certifique-se que a dicção está devidamente lubrificada pela maior quantidade de sorrisos que seu maxilar possa produzir. Use “Oi, bom te ver!”, “Precisa aparecer mais!” e suas variações. Não saia do protocolo.
Quando as luzes piscarem e você, por um acidente, se sentir bem com aquilo, ignore. Depois que você passa pro lado de cá, o gosto nunca mais será o mesmo. No meu caso, de repente, não mais que de repente, um tranco de escuridão quase me derruba. Sinto náuseas, falta de ar e medo de viver. Lembro de fracassos que não me pertencem (além dos meus, claro) e sofro de uma hemorragia que eu não sei como estancar. Mas não dá pra correr, entende? Você nunca pára pra você, por você. Tem gente que acha que isso é defeito, outros entendem como um dom. Eu só vejo como um dia que segue o outro. Sem brilho, sem afetação.
“Pô, man, desculpa o stress. Nunca quis desligar o telefone na sua cara”. Eu respondo: “lógico, ‘man’, eu te entendo. Se precisar de algo, é só falar.”
E aí, quando você estiver sozinho no trabalho, tipo o único fazendo hora extra, e tiver medo de sair na rua, vai entender que seu pior inimigo é um velho conhecido. Ele levanta com você, come com você e sussurra incentivo aos seus piores demônios. Outro dia eu pensei em...
- Pi, pi, pi, pi (nextel)
- Opa (eu)
- Tá no computador?
Segue o jogo.